terça-feira, 3 de maio de 2011

Lembrancas

Que saudades do meu lindinho! Viajei para outra cidade achando que ele seria apenas uma lembrança maravilhosa de um lugar que passei mas que falta ele me faz! Penso nele todas as horas, todos os minutos do dia. É como se nada mais fosse interessante sem ele ao meu lado. Sou viajante, e estou conhecendo novos lugares. Saí de uma pequena cidadezinha do interior do norte da Italia e cheguei a uma cidade conhecida mundialmente, fonte de livros de histórias e enciclopédias que estudei em toda a minha vida. Ontem fiquei de cara com um lugar que concorreu para as 7 maravilhas do mundo, este novo lugar é simplesmente fantástico. Contudo meu coração ficou preso naquela pequena cidadezinha onde o verde predomina e o canto dos passáros me acorda todas as manhãs. Sem ruído, sem barulho, sem tráfico. É naquele povoado tão pequeno que meu coração aponta, é o lugar onde conheci ele. Na cidade grande é tudo muito agitado, carros, garotos me olhando no meio da rua, lugares badalados. É exatamente tudo que sempre gostei na minha vida. Sempre fui uma pessoa muito urbana, que gosta de boates, shows, noitadas, bebidas e agitações. Roma é tudo isso e um pouco mais. É o lugar ideal para uma pessoa como eu, porém, nada disso parece ter sentido sem ele. Meu coração descansou em um povoado distante, pouco habitado onde as noites são tranquilas e o bar mais próximo se encontra em um povoado vizinho mas sem muita agitação. É ali onde meu coração repousa, é ali onde ele se encontra. A todo instante lembro do seu sorriso, do seu jeito engraçado quando está embreagado, da forma carinhosa como as suas mãos me toca, do seu beijo maravilhoso. Nosso beijo tinha se encaixado perfeitamente, parecia que era um beijo tão esperado, que ficou perdido durante muito tempo, em uma distancia do tamanho do Brasil pra Itália. Estavamos no carro voltando pra casa, e você ainda não tinha tomado nenhuma iniciativa, mas estava claro para ambos que queriamos. Eu segurava sua mão a todo instante e você deixava levar. No bar não tinhamos conversado muito, até porque eu não conseguia entender nada do que os seus amigos falavam. Os dois anos que estudei o idioma pareciam não valer nada. De vez em quando trocavamos algumas palavras e era só. A medida que a bebida ia tomando conta do lugar o pessoal falava cada vez mais alto e cada vez trocavamos mais palavras até que sem percebermos estávamos em uma conversa animada e o idioma estava fluindo. "você está bebado" eu dizia, e ele sorria com aquele jeito engraçado mas ao mesmo tempo tão suave que meu coração dava sinais de alerta. Eu não queria que a bebida acabasse, eu não queria ir embora. Depois de um tempo fomos expulsos do bar pois a garçonete havia dito que era hora de ir embora. Fomos conversando sobre bobagens e eu procurava uma forma de te tocar a todo momento. Estavamos todos embreagados com exceção de dois amigos que não haviam bebido porque estavam dirigindo. Eu tocava na sua mão e você deixava. As vezes eu me sentia envergonhada e soltava. Um amigo se aproximou e veio falar comigo perguntando se eu gostava de você. "Porque você me fez essa pergunta" ? perguntei surpresa - ele me falou que notou os olhares, o jeito que pegavamos na mão. Sorri, porém não respondi. A volta inteira fomos conversando e eu ficava encostada ao teu lado, mas não tomava iniciativa alguma por medo de reação. Paramos duas vezes. Primeiro em um pequeno posto e depois em uma pequena posto de conveniencia. Fiquei ao teu lado a todo instante e a cada minuto eu queria te beijar, te abraçar mas não conseguia. O seu amigo fez a mesma pergunta que havia feito antes e dessa vez, sem medo eu respondi que sim.Houve um momento em que eu achei que você não queria até que na frente de todos você me abraçou e naquele momento daquela madrugada fria eu me senti tão feliz e ao mesmo tempo protegida. Dali em diante ficamos abraçados o tempo todo e até que na volta, no banco de tras após algumas palavras sem importancia, trocamos o nosso primeiro beijo. Indescritivel. É relembrando este momento que meu coração se enche de saudades do meu amor. Que saudades dos abraços dele, da voz, do seu ar de mistério. Um olhar suave, um sorriso malicioso, uma voz sedutora e duas mãos carinhosas me consquistaram.

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